• O Poder e a Lei

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  • 127 Horas

    "Alpinista cai de um desfiladeiro e fica preso durante o filme inteiro, praticamente. Para sobreviver, ele precisa amputar o próprio braço". O que eu mais ouvia falar sobre 127 horas era a respeito das pessoas que passavam mal no cinema, devido ao realismo das cenas. [continua...]

Indo contra o que a maioria das pessoas dizia, queria muito ver esse filme. Os que falavam bem dele, tinham bons argumentos e foi isso que me guiou na decisão de ir assistí-lo.
Para uma noite de quinta-feira, sem muita perspectiva de diversão, o Assalto ao Banco Central me fez rir um bocado.
Sem intenção de ser uma comédia, o Assalto conta com um elenco talentoso para trabalhar as ironias cotidianas. Baseado nisso, vence as fraquezas do roteiro, a edição equivocada, com muitas cenas curtas, criou um ritmo de novela ou minissérie de tv à trama, acelerando demais a narrativa no início para depois fazê-la se arrastar quando aproximava-se do fim. A trilha sonora foi o erro que considerei mais grave. Por vezes chamava mais atenção que o próprio filme, inclusive desconcentrando de prestar atenção nas cenas para comentar o quão zoada estava a música, de tão exageradas eram as músicas escolhidas.
Ainda assim, o filme se equilibra. Toda vez que pende para um lado ruim, logo em seguida vem algo bom a se notar.

A primeira experiência do diretor Marcos Paulo no cinema está loooonge de ser um fracasso. Isso é certo! As cenas de agressão, por exemplo, me deixaram chocada e agoniada. O final do filme ficou longe de ser clichê, e também me agradou.

Acredito que o tratamento dado à história do assalto ao banco central foi superficial. Se houve um estudo do golpe, não souberam demonstrá-lo tão bem, e isso acabou tornando o que deveria ser fato principal da narrativa um mero pano de fundo para os acontecimentos na vida dos personagens. Graças ao talento dos envolvidos, (volto a ressaltar!), esse bolo não desandou.

Só ontem assisti UP. Faz tempo que já queria ver. Contei aqui certa vez que não sou das maiores fãs de animação, mas quando estas tornam-se "preferência nacional", me chamam atenção. UP se encaixou nesse categoria. Ouvi tanta gente falando bem, comentando e -principalmente- contando que chorou durante o desenho, que fiquei curiosa. E, sim, confirmo a quem ainda não viu. É tudo isso mesmo. Logo no começo, você sente o apelo emocional do desenho. Uma temática adulta: um senhor de idade, frustrado, mas que queria mudar e realizar seus sonhos mesmo na velhice.

Para isso ele conta com a ajuda de uma criança, que como toda criança, tem pouca noção perigos, e por isso arrisca o suficiente para ajudá-lo em sua jornada. O tratamento dado a essa animação excelente para todas as idades. Na metade do filme, estava me segurando para não twittar que UP corria o sério risco de tornar-se a animação mais fofinha que já vi. Gostei muito do manejo que a Pixar e a Disney tiveram com esse projeto. Especialmente, porque uma das possibilidades da animação é a de criar, em um mundo paralelo, tudo aquilo que não existe no real.

E UP fez isso muito bem. O irreal flertava tão bem com o real que era impossível não embarcar nas aventuras. Quando isso acontece, tudo é válido: cães falantes, casas voando com balões e tudo mais que sua imaginação permitir.


Ficha Técnica:


Diretor: Pete Docter
Elenco: Vozes na versão original de: Edward Asner, Christopher Plummer, John Ratzenberger, Jordan Nagai. Voz na versão original de Chico Anysio.
Produção: Jonas Rivera
Roteiro: Bob Peterson
Fotografia: - animação -
Trilha Sonora: Michael Giacchino
Duração: 96 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Pixar Animation Studios / Walt Disney Pictures
Classificação: Livre


Trailer:

Esse filme, eu não poderia deixar de ver. Mesmo que tenha dormido no último, acreditei (e corretamente) que esse filme teria sido criado fazer sentido individualmente. Me disseram que eu não entenderia muita coisa. Estavam errados. Precisei perguntar algumas coisas sim. Recomendo que quem não seja um grande fã, se puder, vá acompanhado de alguém que conhece a saga mas não deixe de ir porque é um bom filme. Feito inteligentemente para alcançar até mesmo quem só foi ao cinema levado pela grande comoção.

Os efeitos especiais, mesmo vistos em 2D impressionam pelo cuidado. Talvez, dessa vez, Harry Potter que há muito já apresenta cuidado e qualidade, finalmente leve o Oscar e seria merecido.
O filme não é exatamente infantil, mas agrada também as crianças. É um Harry feito para os fãs que cresceram com ele. Tem sangue, tem briga, uma dose leve de romance... Bem britânico, emoção comedida, mas que levou os fãs as lágrimas durante alguns momentos. Foi surpreendente ouvir os funga-funga no cinema, coisa que não presenciava desde que fui assistir Titanic. Com a diferença de que o cinema estava bem mais cheio dessa vez. Numa sessão legendada e sem o disputado advento 3D, hein.

Isso me fez pensar em como os fãs do HP são fieis. Este é o oitavo filme e mesmo já conhecendo o final, eles foram respeitosos, atentos, compenetrados, só gritavam para pedir silêncio. Só se manifestavam mesmo quando a emoção era impossível de conter. A maturidade daquele público tão jovem e o respeito que demonstraram pelo momento marcante, me fez respeitá-los.

Puxei pela memória e, até onde me lembre, desde que o mundo é mundo, o cinema nunca teve uma série de OITO filmes tão bem sucedida, tão lucrativa. Nem mesmo com as franquias terror trash, que se arrastam por 20 filmes, que dirá com um tema que não tem nenhuma pretensão de fazer rir, mas a intenção de mexer com o imaginação. É um mérito.

Gostei muito do filme. Um final digno para o bruxinho que enfeitiçou várias gerações ao redor de todo o mundo.



Ficha técnica:

título original:Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2
gênero:Aventura
duração:2 hr 10 min
ano de lançamento: 2011
site oficial:
estúdio: Warner Bros. Pictures | Village Roadshow Pictures | Heyday Films
distribuidora: Warner Bros. Pictures (EUA) | Warner Bros. (Brasil)
direção: David Yates
roteiro: Steve Kloves, baseado no livro de J.K. Rowling
produção: J.K. Rowling, David Barron e David Heyman
música: Alexandre Desplat
fotografia: Eduardo Serra
direção de arte: Alastair Bullock, Martin Foley, Christian Huband, Molly Hughes, Hattie Storey e Gary Tomkins
figurino: Jany Temime
edição: Mark Day
efeitos especiais:Baseblack / Cinesite / Double Negative / Framestore / Moving Picture Company / Rising Sun Pictures / The Visual Effects Company

Trailer:

Se você não compreende a expressão: "pão e circo", veja Cilada.com e entenderá.
É o filme de maior bilheteria do cinema nacional este ano. Fez o dever de casa direitinho no quesito marketing: reuniu o humor pastelão, pôs no elenco atores em evidência na maior emissora do país e encheu a cidade de propaganda. Criou a isca perfeita para atrair o povão.

Na verdade, tudo isso que reuniram era o mínimo para ter o público de menor nível intelectual sob controle. Humor fácil, vazio, "inspirado" em outros filmes recentes de comédia. E nem é preciso buscar tão longe, certo filme nacional que foi um estrondo em seu lançamento tem uma cenas, das mais célebres, "homenageada" em Cilada.com. Por coincidencia, o diretor é o mesmo em ambas as situações.

Uma colega bem disse: é um filme engraçadinho, mas cansativo.

Concordo. Tipos clichê de personagens, filme clichê em si, faz dar umas risadas soltas, mas fica bem aquém do que aguardei. Mesmo assim, pude chegar em casa e ler no Facebook um comentário daquele aluno que vivia matando aula na faculdade pra fumar (e que até hoje não se formou), que dizia: "Cilada.com é um filmão. Recomendo!".

Tem pra todo gosto, né?



Ficha técnica:

título original:Cilada.com
gênero:Comédia
duração:1 hr 35 min
ano de lançamento: 2011
site oficial: http://www.ciladaofilme.com.br
estúdio: Casé Filmes / Globo Filmes / Multishow / Telecine / Teleimage
distribuidora: Downtown Filmes / Paris Filmes / Riofilme
direção: José Alvarenga Jr.
roteiro: Bruno Mazzeo e Rosana Ferrão, com colaboração de Marcelo Saback e José Alvarenga Jr.
produção: Augusto Casé
música: Plínio Profeta
fotografia: Nonato Estrela
direção de arte: Cláudio Domingos
figurino: Ellen Milet
edição: Marcelo Moraes


Trailer: