Para uma noite de quinta-feira, sem muita perspectiva de diversão, o Assalto ao Banco Central me fez rir um bocado.
Sem intenção de ser uma comédia, o Assalto conta com um elenco talentoso para trabalhar as ironias cotidianas. Baseado nisso, vence as fraquezas do roteiro, a edição equivocada, com muitas cenas curtas, criou um ritmo de novela ou minissérie de tv à trama, acelerando demais a narrativa no início para depois fazê-la se arrastar quando aproximava-se do fim. A trilha sonora foi o erro que considerei mais grave. Por vezes chamava mais atenção que o próprio filme, inclusive desconcentrando de prestar atenção nas cenas para comentar o quão zoada estava a música, de tão exageradas eram as músicas escolhidas.
Ainda assim, o filme se equilibra. Toda vez que pende para um lado ruim, logo em seguida vem algo bom a se notar.
A primeira experiência do diretor Marcos Paulo no cinema está loooonge de ser um fracasso. Isso é certo! As cenas de agressão, por exemplo, me deixaram chocada e agoniada. O final do filme ficou longe de ser clichê, e também me agradou.
Acredito que o tratamento dado à história do assalto ao banco central foi superficial. Se houve um estudo do golpe, não souberam demonstrá-lo tão bem, e isso acabou tornando o que deveria ser fato principal da narrativa um mero pano de fundo para os acontecimentos na vida dos personagens. Graças ao talento dos envolvidos, (volto a ressaltar!), esse bolo não desandou.